Olho Seco

 
Síndrome do Olho Seco
A lágrima, ou filme lacrimal, é um líquido produzido pelas glândulas lacrimais. Ela é composta por água, sais minerais, proteínas e gordura, com a função de lubrificar, limpar e proteger o olho das agressões causadas por substâncias estranhas ou micro-organismos.
A Síndrome de disfunção lacrimal ou Síndrome do olho seco, popularmente conhecida como simplesmente “olho seco”, é um termo usado para descrever um grupo de diferentes doenças e condições que resultam da lubrificação inadequadas dos olhos com diminuição da produção da lágrima ou deficiência em alguns de seus componentes,ou seja, pouca quantidade e/ou má qualidade da lágrima.
Segundo Dr.Gustavo Bonfadini, “O olho seco é causado por deficiência aquosa ou por evaporação acelerada da lágrima, o olho seco é a afecção ocular tratável mais comum na prática clínica do consultório oftalmológico.” É uma doença que aparece de forma insidiosa (lenta) e pode causar sintomas quase imperceptíveis até quadros muitos graves e sintomáticos com comprometimento da saúde ocular.
Várias são as condições que causam o olho seco, seja pela diminuição da produção de lágrimas, evaporação excessiva, problemas com o piscar, etc.
 

 
Existem várias causas do olho seco: o ambiente, queimaduras químicas, medicamentos, lentes de contato, idade avançada e em mulheres após a menopausa. Pode estar associada com doenças sistêmicas ou imunológicas como síndrome de Sjögren – em que o sistema imunológico do paciente ataca as glândulas produtoras de lágrimas e saliva – síndrome de Steven-Johnson, Parkinson entre outras. “Pacientes que tem paralisia facial e não conseguem piscar com freqüência ou a falta de higiene da margem das pálpebras, que desestabiliza a camada mais externa do filme lacrimal e faz a lágrima evaporar muito mais rápido”, explica o oftalmologista Gustavo Bonfadini.
Fatores que contribuem com o desenvolvimento de olho seco
  1) Causas ambientais:  clima seco, vento, poluição, lugares fechados, ar condicionado e  radiação dos monitores de computador e TV. 2) Diante do computador, TV ou videogame, a tendência é piscar menos. Consequentemente, o filme lacrimal não é distribuído com regularidade sobre a superfície dos olhos, aumentando a evaporação da lágrima, comprometendo a lubrificação ocular. 3) Medicamentos: alguns medicamentos tomados por via oral podem diminuir a produção das lágrimas como descongestionantes nasais, antihistamínicos, tranqüilizantes, antidepressivos, diuréticos, alguns anestésicos, medicamentos para o tratamento da hipertensão arterial (betabloquadores) e para transtornos digestivos (anticolinérgicos). 4) Lentes de contato: o uso prolongado de lente de contato pode agravar ou provocar o olho seco; 5) Fatores nutricionais: desnutrição, deficiência de vitaminas C e B12. 6) Disfunções hormonais: menopausa, problemas na tireóide. 7) Doenças sistêmicas; como Síndrome de Sjorgren, Artrite Reumatóide, Lupus, Sarcoidiose, Alergias e as Doenças de Pele.; 8) Lesões por trauma das glândulas lacrimais; 9) Causas oculares como Blefarite (inflamação e infecção crônica das glândulas dos cílios) Sintomas do olho seco  1)Sensação de areia ou de corpo estranho; 2) Desconforto ao piscar os olhos; 3) Sensibilidade à luz  (fotofobia); 4) Lacrimejamento reflexo;   Diagnóstico É realizado pelo Oftalmologista através do exame biomicroscópico e uso de corantes de superfície ocular como a fluoresceína e rosa bengala, além de testes que quantificam a produção de lágrima como o teste de Shirmer.
Tratamento
O tratamento do olho seco depende da causa. As lágrimas artificiais são o tratamento mais utilizado e eficaz, independentemente da causa do olho seco.
O objetivo é aumentar a umidade da superfície ocular e melhorar a lubrificação.

Existem vários tipos de lubrificantes oculares:
1) Gotas – os lubrificantes na forma de gotas são os mais usados, pois são fáceis de aplicar e mais parecidos com a lágrima natural;
2) Gel – apresenta conteúdo de água menor do que as gotas e maior retenção no olho, contudo, pode provocar embaçamento na visão.
3) Pomadas – são preparações semi-sólidas, com menor quantidade de  água e um componente gorduroso. Embaçam muito a visão e são usados em casos mais graves.
“Casos avançados da síndrome do olho seco podem causar complicações graves a visão. A maior parte, 80% das vezes, resolvemos com lágrima artificial (colírio lubrificante)”, comenta o oftalmologista Gustavo Bonfadini. Este tratamento é o convencional, seguido da oclusão dos pontos lacrimais que possibilita que a lágrima fique nos olhos por mais tempo e não escoem para o nariz.
De acordo com o Dr.Gustavo Bonfadini, existem também drogas promissoras, antiinflamatórias. “Sua utilização é crônica e o efeito é sentido em seis semanas”. Outra alternativa é a terapia com soro autólogo, proveniente do sangue do paciente, que é centrifugado, separado e empregado sob forma de colírio.
Existem outros tratamentos aplicados a casos mais severos e refratários ao uso de lubrificantes convencionais, como:
4) Uso tópico (colírio) de  imunomodulação local para estimular a glândula lacrimal a produzir mais lágrima.
5) Oclusão do ponto lacrimal (plug lacrimal).
6) Soro Autólogo:Em casos de olho seco grave, pode-se utilizar colírios feitos com o próprio plasma sanguíneo do paciente.
O soro autólogo tem sido adotado como uma nova abordagem para tratar síndrome do olho seco porque contém vitaminas, alguns fatores de crescimento e fibronectina que são considerados importantes contribuintes para integridade da córnea e conjuntiva.
O colírio de soro autólogo é produzido sem preservativo. O soro é não-alérgico e suas propriedades bioquímicas são similares à lágrima. O soro autólogo tópico tem sido relatado efetivo para o tratamento de olho seco grave relacionado a distúrbios da superfície ocular como na síndrome de Sjögren, ceratoconjuntivite límbica superior, doença do enxerto versus hospedeiro, síndrome de Stevens-Johnson, procedimentos cerato-refrativos, erosão persistente de córnea ou recorrente, ceratopatia neurotrófica, úlcera de Mooren, ceratopatia associada à aniridia, e bolhas filtrantes após trabeculectomia.
 
Saiba mais sobre: Alergia Ocular.
 Saiba mais sobre: O que é Conjuntivite.
 
Lembre-se: Este artigo visa informar o público e não substitui avaliação por médico oftalmologista, que é o único profissional capacitado para realizar o diagnóstico preciso e indicar o tratamento mais adequado para cada caso. Portanto, não pratique a auto-medicação e procure sempre o seu médico
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